sábado, 22 de dezembro de 2007

Daniel 7 - O Sonho sobre os 4 animais


O capítulo inicia ao prover uma data para a visão, pois no verso 1 diz: "No primeiro ano de Belsazar". Nabucodonosor havia falecido há nove anos. Seus sucessores no trono não haviam sido pessoas de grande valo, e Belsazar tampouco prometia muito. Tratava-se de um período de incerteza política para todos, inclusive para os judeus que viviam em Babilônia. O Próprio Daniel já não era mais um jovenzinho. Achava-se por volta dos setenta anos, embora com certeza ainda estivesse na ativa(Veja Daniel 8:27).

A queda de Babilônia(capítulo 5) e sua experiência na cova dos leões(capítulo 6) ainda se encontravam no futuro, pois os capítulos de Daniel não estavam em ordem cronológica. Entretanto, 50 anos haviam decorrido desde a visão do capítulo 2.

Era noite. Daniel estava dormindo - talvez depois de um dia de profunda oração e cuidadoso estudo da profecia da imagem. Águas encheram a vista que tinha diante de si - águas em movimento, agitadas e envolvidas em tumulto pelos ventos que provinham de todas as direções. Repentinamente, enquanto seus olhos tentavam acompanhar a agitação incessante das ondas, sua admiração foi despertada para o aparecimento de um enorme leão, semelhante ao qual ele jamais havia visto outro antes. O leão possuía asas! Enquanto Daniel observava, as asas foram "arrancadas" e "lhe foi dada mente de homem", e foi colocado em pé, "como homem". Daniel 7:4.

O leão não abandonou a cena, mas a atenção de Daniel foi a seguir desviada para um urso que aparecia; este se mostrava estranhamente mais alto de um lado que do outro. O urso "se levantou sobre um dos seus lados", observou Daniel. Além disso, ele trazia três costelas na boca. Verso 5. O urso saliente de um dos lados foi logo ladeado por um leopardo possuidor de quatro cabeças e quatro asas(verso 6), aos quais se seguiu um monstro aterrador que desafiava qualquer classificação zoológica. Daniel jamais havia visto qualquer coisa a que pudesse comparar esse animal. Ele o descreve como "terrível, espantoso, sobremodo forte", "diferente de todos os animais que apareceram antes dele". Daniel acrescenta, então, que o animal possuía "dez chifres". Este animal extremamente feio, postado evidentemente num pedaço de solo, apareceu na visão com aspecto ameaçador e assassino, com enormes unhas de bronze e dentes de ferro. Ele "devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava". Versos 7 e 19.

Enquanto contemplava maravilhado o estranho e selvagem animal, Daniel - embora assustado - pôde discernir o décimo primeiro chifre, "pequeno", tentando fazer espaço para si entre os outros dez; em seguida percebeu que, daqueles 10 chifres, três se tornavam frouxos, caíam, e cediam o seu espaço para o chifre pequeno. "E eis que neste chifre haviam olhos, como os de homem, e uma boca que falava insolência." Verso 8. Neste ponto a atenção de Daniel foi desviada misericordiosamente da horrível cena que tinha diante de si, sendo conduzida para uma grande e gloriosa cena no Céu. Lá ele pôde ver o Ancião de Dias em sua obra de julgamento, próximo ao fim dos dias. O profeta viu ainda a Quarta besta morta, enquanto "domínio, e glória, e o reino" foram dados a "um como o Filho do homem". Versos 9 a 14.

Ele tinha razão em sentir-se grandemente aliviado. Por certo assim aconteceu. Mas ele também continuou profundamente impressionado com a Quarta besta e seus 10 chifres, a ainda mais especialmente com o "chifre pequeno". Percebendo que se aproximava uma pessoa útil e agradável, alegrou-se logo muitíssimo ao descobrir que se tratava de um personagem celestial, o qual podemos imaginar como sendo um anjo. Este se colocou ao lado do profeta. Daniel pediu ao anjo que lhe contasse "a verdade acerca de tudo isto". Verso 16. O anjo respondeu simplesmente: "Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da Terra." Imediatamente o ser celestial chamou a atenção do profeta para o final feliz da visão: "Os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo sempre, de eternidade em eternidade." Versos 17 e 18. Mas Daniel não ficou satisfeito com esse resumo! Ele suplicou ao anjo(Verso 19 a 22) que lhe concedesse detalhes acerca do quarto animal e seus chifres. Graciosamente, o anjo acedeu(Versos 23 a 27). Depois que o anjo terminou a primeira parte da explanação, disse ele a Daniel- e, através do profeta a todos nós- "O quarto animal será um quarto reino da Terra". Verso 23.

A partir do momento em que sabemos que o quarto animal, reconhecemos estar tratando da mesma série de potências mundiais que encontramos pela primeira vez no sonho da estátua de Nabucodonosor, apresentado no capítulo 2: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, seguidos na seqüência de eventos pelo reino de Deus. Babilônia, representada na grande estátua pela cabeça de ouro, é apropriadamente representada por um leão, o rei dos animais. As pessoas que visitam Babilônia podem ainda hoje ver as figuras de leões em baixo-relevo nos muros e paredes construídos com tijolos queimados; podem ver também o enorme leão de pedra que, depois de 2400 anos, ainda está agachado sobre uma mulher de pedra, caída. O Império Medo-Persa, simbolizado na grande estátua pelo peito e braços de prata, é facilmente distinguível como o urso com um dos seus lados mais alto, em Daniel 7. Nossa identificação será plenamente confirmada mais tarde, quando chegarmos em Daniel 8, onde os dois chifres desiguais de um carneiro são explicitamente identificados como os reis da Média e da Persa. O ventre e coxas da estátua representam a Grécia. O mesmo ocorre com o leopardo do presente capítulo. Em Daniel 8, o bode que ataca o carneiro medo-persa será interpretado como o "rei da Grécia". Por fim, as pernas de ferro que representavam Roma em Daniel 2, são aqui substituídas pelo animal terrível e espantoso, para o qual não parece haver classificação zoológica. Assim, não pode haver dúvida quanto a identificação das quatro bestas; quanto às águas, também é fácil identificá-las segundo a Bíblia. Apocalipse 17 :15 afirma que águas simbólicas são: "povos, multidões, nações e línguas".

Talvez você queira verificar os textos de Isaías 17:12 e 13, e Jeremias 46:8; 47:1 e 2. A mente de homem significa a mudança do caráter de Babilônia após a morte de Nabucodonosor. As três costelas na boca do urso podem ser identificadas como Babilônia, Lídia e Egito, as três principais entidades conquistadas pelo Império Medo-Persa. Asas denotam facilmente a presença de velocidade. Habacuque 1:8 descreve a cavalaria babilônica como lançando os seus ataques com a velocidade de águias, e a rapidez demonstrada por Alexandre à frente dos exércitos gregos obteve admiração do mundo. Partindo praticamente do nada, Alexandre uniu entre si os contenciosos gregos e conquistou o poderoso império persa em doze curtos anos. Ele conquistou os persas e morreu quando estava com apenas 32 anos de idade! As quatro cabeças do leopardo estão identificadas em Daniel 8:22 como os quatro reinos em que seria dividido o império helenístico de Alexandre após a sua morte. -Cassandro ficou com a Macedônia e a Grécia; -Lisímaco tomou a Trácia e grande parte da Ásia Menor; -Ptolomeu reteve o Egito, a Cirenaica e a Palestina; -Seleuco ficou com o restante da Ásia(isto é, a Síria e as terras que Alexandre conquistara no leste).

O Chifre Pequeno[Os Sinais identificadores]: Daniel 7 provê oito marcas identificadoras, que nos ajudam no trabalho de identificação do chifre pequeno. Estas podem ser assim enunciadas: 1-Ele surgiu da Quarta besta. Versos 8 e 24. 2-Ele apareceu depois dos dez outros chifres. 3-Ele era pequeno quando foi contemplado pela primeira vez, mas com o passar do tempo veio a tornar-se "mais robusto do que os seus companheiros" Versos 8 e 20. 4 -De diante desse chifre deveriam cair três outros, de modo que, diante de seu aparecimento, estes "foram arrancados". Versos 8 e 24. 5-Nesse chifre "havia olhos como os de homens, e uma boca que falava com insolência", dirigindo suas palavras "contra o Altíssimo". Versos 8 e 25. 6-Ele haveria de "magoar[ou destruir] os santos do Altíssimo". Verso 25. 7-Uma de suas pretensões seria "mudar os tempos e a lei" Verso 25. 8-Foi-lhe concedido poder especial durante "um tempo, dois tempos e metade de um tempo". Verso 25.

8 comentários:

Letícia Lima disse...

Muito boa explicação! Que Deus os abençõe nesse trabalho!

Anônimo disse...

MUITO BOA A EXPLICAÇÃO, MAS GOSTARIA DE SABER MAIS SOBRE OS DEZ CHIFRES E O DECIMO PRIMEIRO.

Unknown disse...

Após a retomada da banda oriental de Jerusalém em 10/06/1967 teve inicio a contagem regressiva de quarenta anos{7 semanas de anos- Daniel 9) para o arrebatamento da Igreja. um dos últimos sinais que ainda faltavam ja se revelou na figura do atual presidente do Irã que pode ser identificado como a Besta final ou o Pequeno Chifre de Daniel 7. observando que o Irã é um país remanescente do antigo Império Medo- Persa e que na atualidade busca a tecnologia nuclear com único objetivo de anquilar Israel MARANATA











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F@bio Roch@ disse...
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F@bio Roch@ disse...
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F@bio Roch@ disse...
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F@bio Roch@ disse...

Alguns estudos indicam que Nabonido pode ter entregue a realeza a Belsazar em 553 a.C, o que se for verdade...de 605 a.C - 553 a.C, são mais ou menos 5 décadas. Portanto, o período traçado por vc de 50 anos está correto!! Parabéns pelo seu blog...Feliz Sábado!!
Aí, visita meu blog, veja o endereço: www.infoinspirat.blogspot.com

Anderson Oliveira disse...

Vale a pena lembrar que no sonho de nabucodonosor, a estátua era divida em quatro partes que seriam quatro reinos, sendo que os pés com ferro e barro seria esse último reino dividido ( Europa ),Dn 2:41, e depois fala de dez artelhos(dedos)na estátua ou os dez chifres na besta, que em apocalípse 17:12 diz que os dez chifres são dez reis que ainda não receberam o reino, mas recebem poder com a besta Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.
Lembrando que os E.U.A é uma expansão da europa. É um país que foi construído por ingleses. De acordo com texto do profeta Daniel,a besta é o quarto reino e o quarto reino foi Roma, como diz em Ap 17, a besta que era, que não é, mas que virá.Basta vermos que a união européia e os norte-americanos andam juntos. Resumindo: O anti-cristo pode ser da europa ou dos E.U.A, fiquemos a observar a nova ordem mundial. Mas de uma coisa eu tenho certeza, que o Senhor dos senhores e Rei dos reis os vencerá com a espada afiada que sai da sua boca.
Graça e paz a todos....