sábado, 29 de dezembro de 2007

Daniel 9 - complemento

A profecia de Daniel 9 foi dada "no primeiro ano de Dario... da linhagem dos medos" (v. 1). Este Dario não deve ser confundido com outros reis com mesmo nome, que, mais tarde, aparecem como mandatários do império persa. Entendemos que o Dario de Daniel corresponde, na História, a Ciáxares II, o tio do conquistador de Babilônia em 539 a.C., Ciro. Este teria se casado com uma prima, filha de Ciáxares e, como pagamento de dote, o conquistador concedeu-lhe o trono de Babilônia. Seu primeiro ano como rei corresponde a 538 a.C., e não 539, que seria considerado o ano de sua ascensão ao poder. Ele reinou em Babilônia por dois anos, ou três (cálculo inclusivo).

Considerando que o exílio babilônico começou em 605 a.C., quando Daniel foi levado cativo, os setenta anos de cativeiro previstos por Jeremias (ver 25:11 e 29:10) estavam chegando ao fim; daí Daniel redobrar suas orações, como a que é registrada neste capítulo. Em combinação com este motivo, havia também outra razão para Daniel intensificar suas preces: o período das 2.300 tardes e manhãs, registrado na visão anterior (8:14), sobre o qual ele não havia recebido esclarecimento. Como este período envolvia a questão do santuário, Daniel imaginou que Deus estivesse prolongando o tempo do cativeiro, o que deixou o profeta apreensivo.

Daniel 9 deve ser considerado uma seqüência natural de Daniel 8. Com efeito, os dois capítulos se complementam. Eles formam uma unidade temática e, neste aspecto, são mutuamente dependentes. Isto é: sem o capítulo 9, o capítulo 8 permanece fechado quanto à explicação das 2.300 tardes e manhãs (ver 8:26); e sem o capítulo 8, o capítulo 9 não vai além de 34 d.C., embora faça referência à inauguração do ministério sacerdotal de Jesus (mediante a expressão "ungir o santo dos santos" do v. 24), um ministério que prossegue até os nossos dias.

O mesmo anjo que estivera com Daniel por ocasião da visão do capítulo 8, e que viera para explicar a própria visão, deixando de fora, contudo, a questão das "tardes e manhãs" (8:26), voltou agora para elucidar esse pormenor. Embora as informações de Gabriel, nesta nova oportunidade, se restrinjam apenas àquilo que se referia diretamente ao povo de Daniel e à própria indagação do profeta, elas são suficientes para confirmar que, de fato, "a cena do juízo em Daniel 7 e a purificação do santuário em Daniel 8 representam o mesmo evento", a ocorrer algum tempo depois do período da supremacia papal, os 1.260 anos que terminam em 1798.

O entendimento da última visão de Daniel, onde apareceram 2.300 anos, e apareceu a questão da purificação do santuário . Isso criou em Daniel uma impressionante preocupação: será que o povo de Israel cometeu tão grande pecado, e continuava cometendo, que o castigo de 70 anos profetizado por Jeremias foi estendido para 2.300 anos? Daniel se angustiava com a condição de vida, espiritual e material, das pessoas no final desse longo tempo, pois percebeu que seria uma situação extremamente adversa. Ele também percebeu que essa longa jornada seria terrível para o povo de DEUS. Ora, setenta anos já lhe pareciam uma travessia penosa, portanto, milênios seria incomparavelmente pior. Mas ele possuía a consciência de não ter entendido a profecia, essa era a sua percepção. Diante do cenário, conforme ele percebia as coisas, Daniel orava três vezes ao dia, pedindo clemência por seu povo, no qual ele se incluía. Esse é o capítulo 9 e a impressionante oração de Daniel, oração que serve de orientação às nossas orações nesses últimos dias.

O ponto principal é a questão do juízo ou da purificação do santuário, que são o mesmo evento. Esse processo, de juízo e de purificação, digamos assim, iria, sem sombra de dúvida, ocorrer depois dos fatos relacionados aos 1.260 anos. Isso fica evidente nos capítulos 7 e 8 de Daniel. Outra coisa sobre a qual não se pode ter dúvidas é que o tal santuário a ser purificado não se localiza na Terra, pois, até o ano 31, com a morte de JESUS, esse santuário cumpriu suas funções. No ano 70 ele foi totalmente destruído, e nunca mais reconstruído. E o ritual foi abolido na cruz, como é fartamente enfatizado na Bíblia, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento. Logo, esse santuário é o celestial, do qual o terrestre era simples réplica. Ora, foi nesse santuário que JESUS, após ascender ao Céu, entrou para interceder por nós. Assim, desde alguns dias após a ressurreição de JESUS as questões relacionadas com a intercessão se realizam, não mais aqui na Terra, mas no Céu. E, algum dia desses, a questão do julgamento, que na Terra ocorria uma vez por ano, o dia da expiação, começaria a também ocorrer no santuário celeste, que é o julgamento de que trata Daniel 7, ou a purificação de que trata Daniel 8.

Na profecia de Daniel 2, a revelação foi por meio de um rei pagão, que mais tarde, após muita luta, se converteu. Nessa visão, DEUS criou, por meio do rei, uma chave de confiabilidade das revelações. No final desta visão vemos uma pedra vinda do Céu que destrói toda estátua e estabelece o reino eterno de DEUS.

Então vem Daniel 7. Nessa visão, DEUS revela a existência de um juízo que julga as atividades da arrogante ponta pequena, porque ela exercerá imenso poder para enganar nas questões relacionadas a adoração. Inclusive, revela a visão, mudará a Lei de DEUS, e se portará como se fosse o próprio DEUS. Mas no juízo esse poder será julgado e eliminado. O final do capítulo termina como Daniel 2, com o reino sendo dado ao povo dos santos.

Em Daniel 8, em lugar do juízo, apresenta a purificação do santuário, o mesmo evento do juízo. E apresenta, como continuidade, a duração de outra profecia de 2.300 anos. Há revelação de reinos (Medo-Pérsia e Grécia), mais detalhes das ferozes ações da ponta pequena, inclusive sua identidade com o Império Romano, do qual é uma continuidade de natureza diferente (de civil para religioso, no entanto, mantendo o conteúdo pagão).

Mas nessa visão aparece um detalhe de poucas linhas, mas que atraem a atenção pela tremenda importância: um tempo de 2.300 anos, e a purificação do santuário.

A explicação do anjo, que consta em Daniel 9:24 a 27, refere-se ao que foi anunciado a Daniel em seu livro, cap 8:14, ou seja, ao período de 2.300 anos. Agora o anjo estava detalhando esse período em sub-períodos. Os 2.300 se dividem, inicialmente, em dois grandes sub-períodos: 490 anos mais 1810 anos, que somados, dão os 2.300 anos. Os primeiros 490 são para que o povo de DEUS se defina, se quer seguir a DEUS, ou se continuará preferindo aos deuses pagãos. Os outros 1.810 anos, são para levar o evangelho aos pagãos. Ou seja, há aqui duas possibilidades, das quais só uma poderia ser seguida. Se uma delas fosse a escolhida, a outra não ocorreria. É assim: alternativa “a”: Israel, nos seus 490 anos, se define, de uma vez por todas, por adorar o verdadeiro DEUS. Nesse caso, Israel, nos dias de JESUS seria integrado na Igreja de CRISTO, ou seja, como é óbvio, formaria com a igreja um só povo. A alternativa “b”, a que realmente aconteceu, é a rejeição por parte do povo de Israel do convite de CRISTO, que no final desse tempo, veio em pessoa pregar a seu povo, que não O aceitou como povo, como nação. Então, os poucos judeus que aceitaram, foram aos gentios (pagãos) pregar o evangelho de JESUS, e assim, sem mais o antigo povo de DEUS, a Igreja de CRISTO nasceu e prosseguiu, como conhecemos a história.

Esses são os dois grandes períodos dessa enorme profecia de mais de dois milênios de duração. Por enquanto é vital sabermos que esse tempo profético já passou, e que vivemos no tempo do fim. Esse tempo do fim se iniciou, não em 1844, quando terminaram os 2.300 anos, mas em 1.798, quando terminou outro período profético dentro desses 2.300 anos, que foi de 1260 anos. Esse período de tempo foi da grande supremacia papal sobre as nações e formas de adoração.


Autor:José Carlos Ramos
Diretor de Pós-Graduação do Unasp-EC

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Daniel 9 - Setenta Semanas

S.Mateus 2:6 - "E tu Belém, terra de Judá, De modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; Porque de ti sairá o Guia de Israel".

Daniel 9:24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos.(70 semanas ou 490 anos conforme Números 14:34 e Ezequiel 4:6)

Daniel 9:25 - Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até ao Messias, o Princípe, sete semanas, e sessenta e duas semanas;(ponto de partida para as setenta semanas).

Esdras 6:14 - E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido; e edificaram a casa e a aperfeiçoaram conforme ao mandado de Deus de Israel, e conforme o mandado de Ciro e de Dario, e de Artaxerxes rei da Persia.(Leia ainda Esdras 7:1 e 9)A ordem para restaurar e edificar Jerusalém entrou em vigor no outono de 457 A.C.
De acordo com a profecia este tempo deveria alcançar o Messias, o Ungido(7 semanas + 62 semanas). Em 27 A.D., Jesus recebeu em Seu batismo a unção do Espírito Santo, e pouco depois deu início ao Seu ministério.
S.Marcos 1:15 "O tempo está cumprido."

Daniel 9:27 - Ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares(...)Durante 7 anos desde o início do ministério do Salvador, o evangelho deveria ser pregado especialmente aos judeus: três anos e meio pelo próprio Cristo e depois pelos apóstolos. Na primavera de 31 A.D., Cristo o verdadeiro sacrifício, foi oferecido no Calvário.

A semana de 7 anos findou-se em 34 A.D. Então pelo apedrejamento de Estevão os judeus selaram finalmente sua rejeição do evangelho; os discípulos que foram espalhados pela perseguição iam por toda a parte, anunciando a Palavra (Atos 8:4); e pouco depois, Saulo o perseguidor, foi convertido, e tornou-se Paulo, o apóstolo dos gentios.
Profecias de Daniel

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Daniel 8 - A Visão do Carneiro e do Bode

De acordo com Anjo que interpretou a visão o carneiro com os dois chifres simbolizam a Média e a Pérsia[os Medo Persas]. Verso 4.
O bode com o chifre notável representa o reino da Grécia com Alexandre Magno[Verso 5]. O chifre se quebrou e em seu lugar sairam 4 chifres notáveis[Verso 8] que representam as quatro divisões do Império helenístico após a morte de Alexandre Magno. Sendo que de um dos seus chifres saiu um chifre pequeno [Roma].

DANIEL 8:9 a 12 - Predições Simbólicas:
9- Ainda de um deles[os quatro ventos do céu, os quatro pontos cardeais] saiu um chifre pequeno[Roma], o qual cresceu muito para o sul[África], e para o oriente[Grécia, Ásia Menor e Síria], e para a terra formosa[Palestina];
10- e se engrandeceu até o exército do céu[o povo de Deus, judeus e cristãos]; e lançou por terra algumas das estrelas desse exército, e as pisou[perseguiu-os].
11- Sim, ele se engrandeceu até o príncipe do exército[Jesus Cristo, a quem Roma pagã crucificou e Roma cristã freqüentemente representou erroneamente]; e lhe tirou o holocausto contínuo[o tamid, ministério contínuo de Cristo no Céu e o símbolo do mesmo que fora estabelecido no ritual do Antigo Testamento] e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo[parcialmente através da destruição do templo de Herodes pelos exércitos de Roma pagã, e de modo muito pleno através da representação errônea de risto por intermédio de Roma cristã].
12- E o exército[o povo de Deus] lhe foi entregue[a Roma o chifre pequeno], juntamente com o holocausto contínuo[o tamid], por causa da transgressão[Deus permitiu que as forças do erro se revelassem a si mesmas, de modo que o erro pudesse ser visto em sua malignidade e o povo pudesse ser persuadido a abandoná-lo]; lançou a verdade por terra[acerca dos 10 mandamentos, do santuário celestial e da ministração de Cristo no mesmo, e da justificação pela fé]; e fez o que era do seu agrado[Roma, o chifre pequeno], e prosperou.

DANIEL 8:23 a 25 As Predições Interpretativas de Gabriel:
23- Mas, no fim do reinado deles,[ao final dos reinos helenísticos simbolizados pelos 4 chifres, por volta de 65 A.c]. quando os transgressores tiverem chegado ao cúmulo[quando a maldade humana houver atingido o clímax], levantar-se-á um rei, feroz de semblante[Roma] e que entende enigmas.
24- Grande será o seu poder, mas não de si mesmo; e destruirá terrivelmente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos[inimigos políticos] e o povo santo[o perseguido povo de Deus].
25- Pela sua sutileza fará prosperar o engano na sua mão[persuadindo milhões a seguirem as tradições pagãs e medievais]; no seu coração se engrandecerá[o imperador como um ser divino, o papa medieval como "outro Deus na Terra"] , e destruirá a muitos que vivem em segurança[por exemplo, no massacre de São Bartolomeu]; e se levantará contra o príncipe dos príncipes[Jesus Cristo, tanto na cruz como em Sua qualidade de real sacerdote no Céu]; mas será quebrado sem intervir mão de homem[ou seja, pela providência de Deus nos afazeres humanos, por uma percepção mais clara da verdade, pelo Dia do julgamento no Céu, e finalmente pela Segunda vinda de Cristo].

Há ainda no capítulo 8 a menção da profecia das 2300 tardes e manhãs a qual estudaremos mais a frente.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Daniel 7 - O Sonho sobre os 4 animais


O capítulo inicia ao prover uma data para a visão, pois no verso 1 diz: "No primeiro ano de Belsazar". Nabucodonosor havia falecido há nove anos. Seus sucessores no trono não haviam sido pessoas de grande valo, e Belsazar tampouco prometia muito. Tratava-se de um período de incerteza política para todos, inclusive para os judeus que viviam em Babilônia. O Próprio Daniel já não era mais um jovenzinho. Achava-se por volta dos setenta anos, embora com certeza ainda estivesse na ativa(Veja Daniel 8:27).

A queda de Babilônia(capítulo 5) e sua experiência na cova dos leões(capítulo 6) ainda se encontravam no futuro, pois os capítulos de Daniel não estavam em ordem cronológica. Entretanto, 50 anos haviam decorrido desde a visão do capítulo 2.

Era noite. Daniel estava dormindo - talvez depois de um dia de profunda oração e cuidadoso estudo da profecia da imagem. Águas encheram a vista que tinha diante de si - águas em movimento, agitadas e envolvidas em tumulto pelos ventos que provinham de todas as direções. Repentinamente, enquanto seus olhos tentavam acompanhar a agitação incessante das ondas, sua admiração foi despertada para o aparecimento de um enorme leão, semelhante ao qual ele jamais havia visto outro antes. O leão possuía asas! Enquanto Daniel observava, as asas foram "arrancadas" e "lhe foi dada mente de homem", e foi colocado em pé, "como homem". Daniel 7:4.

O leão não abandonou a cena, mas a atenção de Daniel foi a seguir desviada para um urso que aparecia; este se mostrava estranhamente mais alto de um lado que do outro. O urso "se levantou sobre um dos seus lados", observou Daniel. Além disso, ele trazia três costelas na boca. Verso 5. O urso saliente de um dos lados foi logo ladeado por um leopardo possuidor de quatro cabeças e quatro asas(verso 6), aos quais se seguiu um monstro aterrador que desafiava qualquer classificação zoológica. Daniel jamais havia visto qualquer coisa a que pudesse comparar esse animal. Ele o descreve como "terrível, espantoso, sobremodo forte", "diferente de todos os animais que apareceram antes dele". Daniel acrescenta, então, que o animal possuía "dez chifres". Este animal extremamente feio, postado evidentemente num pedaço de solo, apareceu na visão com aspecto ameaçador e assassino, com enormes unhas de bronze e dentes de ferro. Ele "devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava". Versos 7 e 19.

Enquanto contemplava maravilhado o estranho e selvagem animal, Daniel - embora assustado - pôde discernir o décimo primeiro chifre, "pequeno", tentando fazer espaço para si entre os outros dez; em seguida percebeu que, daqueles 10 chifres, três se tornavam frouxos, caíam, e cediam o seu espaço para o chifre pequeno. "E eis que neste chifre haviam olhos, como os de homem, e uma boca que falava insolência." Verso 8. Neste ponto a atenção de Daniel foi desviada misericordiosamente da horrível cena que tinha diante de si, sendo conduzida para uma grande e gloriosa cena no Céu. Lá ele pôde ver o Ancião de Dias em sua obra de julgamento, próximo ao fim dos dias. O profeta viu ainda a Quarta besta morta, enquanto "domínio, e glória, e o reino" foram dados a "um como o Filho do homem". Versos 9 a 14.

Ele tinha razão em sentir-se grandemente aliviado. Por certo assim aconteceu. Mas ele também continuou profundamente impressionado com a Quarta besta e seus 10 chifres, a ainda mais especialmente com o "chifre pequeno". Percebendo que se aproximava uma pessoa útil e agradável, alegrou-se logo muitíssimo ao descobrir que se tratava de um personagem celestial, o qual podemos imaginar como sendo um anjo. Este se colocou ao lado do profeta. Daniel pediu ao anjo que lhe contasse "a verdade acerca de tudo isto". Verso 16. O anjo respondeu simplesmente: "Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da Terra." Imediatamente o ser celestial chamou a atenção do profeta para o final feliz da visão: "Os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo sempre, de eternidade em eternidade." Versos 17 e 18. Mas Daniel não ficou satisfeito com esse resumo! Ele suplicou ao anjo(Verso 19 a 22) que lhe concedesse detalhes acerca do quarto animal e seus chifres. Graciosamente, o anjo acedeu(Versos 23 a 27). Depois que o anjo terminou a primeira parte da explanação, disse ele a Daniel- e, através do profeta a todos nós- "O quarto animal será um quarto reino da Terra". Verso 23.

A partir do momento em que sabemos que o quarto animal, reconhecemos estar tratando da mesma série de potências mundiais que encontramos pela primeira vez no sonho da estátua de Nabucodonosor, apresentado no capítulo 2: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, seguidos na seqüência de eventos pelo reino de Deus. Babilônia, representada na grande estátua pela cabeça de ouro, é apropriadamente representada por um leão, o rei dos animais. As pessoas que visitam Babilônia podem ainda hoje ver as figuras de leões em baixo-relevo nos muros e paredes construídos com tijolos queimados; podem ver também o enorme leão de pedra que, depois de 2400 anos, ainda está agachado sobre uma mulher de pedra, caída. O Império Medo-Persa, simbolizado na grande estátua pelo peito e braços de prata, é facilmente distinguível como o urso com um dos seus lados mais alto, em Daniel 7. Nossa identificação será plenamente confirmada mais tarde, quando chegarmos em Daniel 8, onde os dois chifres desiguais de um carneiro são explicitamente identificados como os reis da Média e da Persa. O ventre e coxas da estátua representam a Grécia. O mesmo ocorre com o leopardo do presente capítulo. Em Daniel 8, o bode que ataca o carneiro medo-persa será interpretado como o "rei da Grécia". Por fim, as pernas de ferro que representavam Roma em Daniel 2, são aqui substituídas pelo animal terrível e espantoso, para o qual não parece haver classificação zoológica. Assim, não pode haver dúvida quanto a identificação das quatro bestas; quanto às águas, também é fácil identificá-las segundo a Bíblia. Apocalipse 17 :15 afirma que águas simbólicas são: "povos, multidões, nações e línguas".

Talvez você queira verificar os textos de Isaías 17:12 e 13, e Jeremias 46:8; 47:1 e 2. A mente de homem significa a mudança do caráter de Babilônia após a morte de Nabucodonosor. As três costelas na boca do urso podem ser identificadas como Babilônia, Lídia e Egito, as três principais entidades conquistadas pelo Império Medo-Persa. Asas denotam facilmente a presença de velocidade. Habacuque 1:8 descreve a cavalaria babilônica como lançando os seus ataques com a velocidade de águias, e a rapidez demonstrada por Alexandre à frente dos exércitos gregos obteve admiração do mundo. Partindo praticamente do nada, Alexandre uniu entre si os contenciosos gregos e conquistou o poderoso império persa em doze curtos anos. Ele conquistou os persas e morreu quando estava com apenas 32 anos de idade! As quatro cabeças do leopardo estão identificadas em Daniel 8:22 como os quatro reinos em que seria dividido o império helenístico de Alexandre após a sua morte. -Cassandro ficou com a Macedônia e a Grécia; -Lisímaco tomou a Trácia e grande parte da Ásia Menor; -Ptolomeu reteve o Egito, a Cirenaica e a Palestina; -Seleuco ficou com o restante da Ásia(isto é, a Síria e as terras que Alexandre conquistara no leste).

O Chifre Pequeno[Os Sinais identificadores]: Daniel 7 provê oito marcas identificadoras, que nos ajudam no trabalho de identificação do chifre pequeno. Estas podem ser assim enunciadas: 1-Ele surgiu da Quarta besta. Versos 8 e 24. 2-Ele apareceu depois dos dez outros chifres. 3-Ele era pequeno quando foi contemplado pela primeira vez, mas com o passar do tempo veio a tornar-se "mais robusto do que os seus companheiros" Versos 8 e 20. 4 -De diante desse chifre deveriam cair três outros, de modo que, diante de seu aparecimento, estes "foram arrancados". Versos 8 e 24. 5-Nesse chifre "havia olhos como os de homens, e uma boca que falava com insolência", dirigindo suas palavras "contra o Altíssimo". Versos 8 e 25. 6-Ele haveria de "magoar[ou destruir] os santos do Altíssimo". Verso 25. 7-Uma de suas pretensões seria "mudar os tempos e a lei" Verso 25. 8-Foi-lhe concedido poder especial durante "um tempo, dois tempos e metade de um tempo". Verso 25.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Daniel 2 - parte 2

"Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, será isso um reino dividido".

Não um novo império, mas divisões do quarto império. roma tornou-se um reino dividido. Deveria ser dividido em 10 reinos. Esse fato ocorreu em 476, era atual, ou A.D. , o antigo império romano ocidental, fraccionando-se em 10 divisões - tanto quantos são os dedos dos pés da estátua simbólica.

Essas divisões foram: os francos que vieram a ser a França; os anglos-saxões, que vieram a ser a Inglaterra; os alemanos, a Alemanha; os suevos, mais tarde Portugal; os visigodos, a Espanha; os burgundos, a Suíça; os lombardos, o norte da Itália; e os vândalos, hérulos e ostrogodos que foram mais tarde destruídos.

São Jerônimo, ilustre doutor da igreja latina, autor da tradução das Escrituras Sagradas em latim, chamada Vulgata, e que viveu de 340 a 420 A.D., assim se expressou a respeito do império romano: "Em nossos dias o ferro se misturou com barro. Noutra época não houve nada mais forte que o império Romano; agora, não existe coisa mais frágil; está misturado com as nações bárbaras, de cujo auxílio necessita".

Depois do quarto império, o Romano, não se levantaria outro império universal. O império seria dividido, e dividido permaneceria.

"Quanto ao que viste do ferro misturado com o barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro". Versiculo 43.

Os homens haveriam de tentar unir reinos novamente para formar um quinto reino universal, mas fracassariam. Os casamentos deram-se especialmente entre as casas. Quando irrompeu a 1ª guerra mundial, quase todos os monarcas da Europa eram parentes. A rainha Vitória da Inglaterra era chamada a avó da Europa", pois quase todos os reis pertenciam à sua dinastia. Por exemplo: O rei da Espanha, o czar da Rússia, o rei da Inglaterra, o Kaiser da Alemanha, etc., todos eram parentes. Nesta guerra brigaram entre si, tios, sobrinhos e avós. O resultado foi que quase todos os reinos caíram e foram substituídos por repúblicas. A profecia se mantém em pé: não se uniram!

"Por uma parte o reino será forte, e por outra parte será frágil". Alguns governantes tentaram em vão unir as nações da Europa: Carlos Magno, Luís XIV e Napoleão Bonaparte da França; Carlos V da Espanha; Guilerme II e Adolf Hitler da Alemanha. Não o conseguiram porque a profecia bíblica havia declarado: "NÃO SE LIGARÃO UM AO OUTRO". E a história comprova.

Por certo você terá interesse em saber o que virá depois. "Mas, nos dias destes reis, o Deus do Céu levantará um reino que não será jamais destruído; ... esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre; como viste que do monte foi cortado uma pedra, sem auxílio de mãos e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro". Versíclo 44 e 45. No sonho, o rei Nabucodonosor vira que a pedra que esmiuçou a estátua enchera toda a terra. Esta pedra representa o reino de Deus que será estabelecido para sempre. Com a segunda vinda de Cristo, serão esmiuçados e destruídos todos os reinos terrestres. Deus intervirá e virá então o fim.

"Nos dias destes reis". Versículo 44.

Quais reis? São as divisões que surgiram com a queda do império romano - as atuais nações da Europa Ocidental.

Vivemos no tempo destas nações, no tempo representado pelos dedos dos pés da estátua e por isso concluímos que o reino de Deus está próximo. Este reino foi anunciado pelos profetas, pregado por Cristo e pelos apóstolos. Ele tem sido a esperança do homem desde que o pecado arruinou o mundo. É a nossa esperança. Tão certamente como os rios correm para o mar, a História do mundo move-se para o glorioso alvo do quinto reino universal - O REINO DE DEUS. Esta grande profecia foi confirmada pela História e cumpriu-se à risca até aqui. Podemos pois saber que o que ainda não veio virá com certeza.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Daniel 2 - parte 1


Certa noite, Nabucodonosor, rei da Babilônia, estando preocupado acerca do futuro, teve um sonho impressionante que esqueceu e por isso ficou muito perturbado. Chamou os magos, os encantadores, os feiticeiros do seu reino para que adivinhassem o sonho e dessem a sua interpretação, mas eles não conseguiram. Muito irado, mandou matar todos os sábios de Babilônia.

O profeta Daniel foi incluido entre os condenados. Pediu, porém, um prazo para dar uma solução ao assunto do rei. Conseguido o prazo, foi para casa, e, com seus companheiros, rogou a Deus misericórdia a fim de que não perecessem. Deus os atendeu revelando a Daniel o que o rei sonhara e também o significado do sonho. (Ler Daniel 2:1-23.)

E assim ele falou ao rei: "Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua.... A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro, os pés em parte de ferro, e em parte de barro".

"Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata, o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e vento os levou e deles não se viram vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua, se tornou em grande montanha que encheu toda a terra". Daniel 2:31 a 35.

Nabucodonosor teve esse sonho no ano 603 antes de Cristo. Mas que significa o sonho? O profeta Daniel também deu ao rei a interpretação do sonho:

I."Tu, ó rei, ... és a cabeça de ouro". Versículo 37 e 38.
Esta declaração torna evidente que a cabeça de ouro simboliza o poderoso e magnificiente império babilônico; mas, a despeito da sua glória, Babilônia devia passar ... Versículo 39.

II."Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu".
Esse reino seria a Medo-Pérsia, representada pelo peito e braços de prata da estátua. Em 539 antes de Cristo, Ciro, o general persa, derrotou o império babilônico e estabeleceu a segunda potência universal.

III."E um terceiro reino de bronze, o qual terá dominio sobre a terra". Versículo 39.
Duzentos anos mais tarde, em 331 antes de Cristo, a Medo-Pérsia caía diante das forças da Grécia comandadas por Alexandre o Grande. Foi o domínio mais extenso que existiu até então. Este império é representado pelo ventre e quadris de bronze. Este também daria lugar a um quarto reino universal.

IV."O quarto reino será feito como ferro". Versículo 40.
As pernas de ferro simbolizavam o quarto império. Em três campanhas militares que culminaram com a vitória de Pidna, em 168 antes de Cristo. Roma dominou o reino da Grécia e se tornou a quarta potência mundial. Esta foi a que mais duro, a mais extensa e a mais poderosa. O imperador romano, César Augusto, era o soberano desse império quando Jesus nasceu. Cristo e os apóstolos viveram durante o período representado pelas pernas de ferro.

As Profecias de Daniel

Quando criei esse blog não sabia bem por onde começar, por isso ele demorou a ser criado, também não sabia qual nome daria. Depois lembrei de um antigo e-mail que eu usava para enviar mensagens e profecias para amigos, então decidi dar ao blog o mesmo nome "Cristo está voltando", sua volta está mais próxima do que imaginamos, as profecias nos mostram evidências desse maravilhoso acontecimento, que é a vinda do nosso Redentor.

Um assunto que muito me agrada são as profecias da bíblia, todas são muito interessantes. As profecias de Daniel são as que mais gosto de ler, e, nas próximas postagens, vocês terão oportunidade de acompanhá-las aqui no blog.

Sinta-se a vontade nesse novo espaço criado para compartilhar com vocês mensagens sobre o maravilhoso amor de Cristo.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Todos São Bem-Vindos


Todos são bem-vindos

Grupo Interface

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Entregue-se Por Inteiro

Bem-aventurados os que guardam as Suas prescrições e O buscam de todo o coração. Sal. 119:2.

Felicidade não é apenas seguir à risca as prescrições divinas enquanto as pessoas vêem. Não se trata de viver para agradar os seres humanos, chamem-se estes: igreja, família ou sociedade. Não basta cumprir tudo. É preciso fazê-lo “de todo o coração”. Esteja onde estiver. Em público ou em privado. O que importa não é só a opinião dos outros, mas a opinião divina.

O relacionamento que Deus deseja ter com você é um relacionamento pessoal de pai e filho. Você é um ser humano, com sentimentos e consciência. Não é uma simples máquina programada para movimentar-se. Se o fosse, Deus seria apenas um fabricante. Mas você é um filho amado. Ele não espera que a máquina funcione corretamente. Ele anseia que o filho amado lhe entregue o coração e seja feliz. Suas prescrições não são simples recomendações. São segredos, dicas, que funcionaram na vida de muita gente e pode também funcionar na sua.

Quando você entrega o coração a Deus, entrega-Lhe o ser inteiro e vive para Jesus. O resultado é que você é feliz. Ao seguir os conselhos divinos, seus pés não tropeçam, suas decisões são acertadas, suas posições seguras, seus relacionamentos prósperos e sua vida abundante e completa.

É tão simples assim? É, sim. Somos nós que complicamos as coisas simples de Deus. Adentramos nos labirintos do raciocínio, da filosofia, da incredulidade, do cepticismo cruel ou da dúvida existencial e nos perdemos na escuridão dos nossos medos, complexos e traumas, até ficarmos definitivamente presos aos nossos próprios fantasmas.

Perdemos a capacidade de amar. Não amamos a Deus, nem a nós mesmos, e muito menos aos que nos rodeiam. Fingimos que amamos. Brincamos de amor, mas vivemos cada vez mais vazios. Deus não quer isso. Eis a razão porque tenta conquistar o seu coração. Servi-Lo de “coração” é servi-Lo por inteiro, sem divisões nem mesquinhez. Um ser dividido não tem a mínima condição de ser feliz.

Antes de começar mais um dia na sua vida, repita para si: “Bem-aventurados os que guardam as Suas prescrições e O buscam de todo o coração.”

Texto de Alejandro Bullón
Meditação Matinal 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Breve Jesus Voltará



Breve Jesus Voltará
Arautos do Rei

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Estamos Prontos para Encontrá-lo?

Deveria ser a proximidade da volta de Cristo um motivo para preparar-nos? E se Cristo não voltasse em breve, teríamos também motivação para estarmos prontos?

O Pai não nos revelou nem o dia nem a hora da volta de Jesus porque queria que a nossa comunhão com Ele fosse viva e cheia de significado, independentemente da hora de Seu retorno.


Cristo virá. Esta é uma das mais belas promessas que encontramos na Bíblia. As profecias relativas à proximidade deste acontecimento estão todas cumpridas. A volta de Cristo é praticamente um fato. Queiramos ou não, aceitemos ou não, quer estejamos preparados ou não, Ele virá; aparecerá nas nuvens do Céu e todo olho O verá; "como o relâmpago que sai do oriente e se põe no ocidente, assim será a vinda do Filho do homem".

O verso "Virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera, e em hora que não sabe". (Mateus 24:50) descreve a situação de muitas pessoas quando Cristo retornar. Será um dia inesperado. Como todos os dias, as pessoas sairão para o seu trabalho. As grandes fábricas continuarão sua linha de produção; nos supermercados os homens comprarão e venderão; os estudantes nas escolas abrirão seus cadernos e livros como todos os dias; os centros de recreação estarão lotados como sempre; milhares de carros irão pelas grandes estradas e avenidas das cidades. De repente, "como o ladrão em meio da noite", quando ninguém espera nada de extraordinário, aparecerá no meio do céu uma nuvem branca como a palma de uma mão, que irá crescendo e iluminando o mundo: será Cristo em glória e majestade, rodeado de milhões e milhões de anjos, anunciando com trombetas que o dia chegou.

Pergunto-me: Estou pronto para encontrar-me com Jesus? Vivo cada dia uma vida de permanente comunhão com Ele? Ou estou esperando alguma "evidência" de que Cristo já está retornando para começar a preparar-me?

Texto de Alejandro Bullón
Mais semelhante a Jesus; pág 183
Edição 1994

domingo, 9 de dezembro de 2007

João 14:1-3

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver estejais vós também" João 14:1-3